15/11/2008

A caixinha (PARTE I) Todos nós temos uma caixinha. É! uma caixinha! nela guardamos muitas coisas, coisas que são só nossas. Valores, planos, sonhos, desejos, ta tudo lá guardado, no segredo, em secreto. E segredo tende a esta guardado, as vezes em caixinhas, as vezes no coração. Tenho segredos secretos em meu coração. Quero que continuem lá. A dor de mexer na caixinha é uma dor que produz algo bom. A dor traz coisas boas. Uma ostra feliz não produz pérola. A ostra pra criar uma pérola precisa da dor da areia que penetra nela. Beethowem com a sua dor criou sua mais bela sinfonia. A dor produz sinfonias. Quando escolhemos (re) organizar a nossa caixa, (escolhemos, pois poderíamos simplesmente deixá-la como esta) percebemos que algumas coisas não têm utilidade, não servem mesmo estando lá, só estão, inertes, sem utilidade. Retiramos tudo de dentro, colocamos algumas coisas de lado, pensamos, pensamos e recolocamos sonhos, desejos planos, ou primeiro os desejos depois os planos, valores, cada coisa em seus novos lugares. E vem a dor, pois percebemos que coisas que eram importantes não se encaixam mais em nossa caixa e as que estavam tomam novos lugares e tornam-se mais belas... Continua....
A caixinha (PARTE II) A beleza esta na ótica de quem vê. A beleza dos sonhos esta nos olhos do sonhador, do sonhador que sonha, que planeja, que deseja, que se esconde, que se revela. Revelar-se é perigoso, pois demonstramos quem realmente somos, sem máscaras, sem reservas. Mas a essência de revelar-se esta em poder ser quem realmente o que se é. Com os amigos podemos ser nós mesmos. (Já falei sobre isso) Caminhamos assim, sempre revendo nossa caixinha, abrindo-a quando necessário, observando o novo momento para desarrumá-la e organizá-la, mesmo que doa. A vida prossegue, se refaz e cabe a nós descobrimos sua beleza e vivenciarmos cada momento como único. O que ira nos ajudar a seguir será a consistência de nossos valores juntamente com o desejo de realizar sonhos, e desejar desejos. Essa é a beleza! Transformar algo efêmero em eterno, esculpido no “para sempre”, e para sempre é muito tempo; o tempo em sua velocidade não para, mas passa e com ele as oportunidades de nos refazermos. Preciso me refazer. Mais uma vez vou mexer em minha caixinha, repensar meus planos, relembrar os meus sonhos que se perderam com o tempo, me desfazer de alguns valores que a tempos atras achava-os importantes. Desfazer-me, é o que estou fazendo, irá doer, mas no final tudo se resumirá a beleza da pérola exibida ao som de uma bela sinfonia.